Mineração
Impactos ambientais
Os minerais estão presentes de inúmeras formas no dia a dia das pessoas. São fundamentais para a saúde humana, agricultura, etc.
A exploração econômica dos minerais, entretanto, acarreta uma série de impactos ambientais no local da exploração.
Entre as principais alterações nas paisagens e os impactos gerados pela mineração, podemos destacar:
- Desmatamento e remoção do solo;
- Deposição de rejeitos minerais;
- Contaminação dos solos e água por elementos tóxicos;
- Poluição sonora;
- Riscos à população (desabamentos, contaminação do solo e ar, etc).
Barragens
O minério extraído solo precisa passar por um processo de separação de impurezas para aumentar o valor comercial e, para isso, normalmente usa-se água e substâncias químicas. O que resta desse processo é chamado de rejeito e há três tipos mais comuns barragens para contenção desse material, para evitar que os resíduos sigam para os rios. Todos começam com a construção de um dique e um tapete drenante, para eliminar a água armazenada no interior da barragem. O que muda é o método usado para aumentar a capacidade de armazenamento por meio de construção de alteamentos.
Barragem a montante: é o método mais comum e mais barato. Os rejeitos são depositados na própria barragem, formando uma "praia" de resíduos da mineração que, com o tempo, é adensada. Esse material é usado, com o tempo, para fazer novos alteamentos.
Barragem a jusante: é a mais cara, mas considerada a mais segura. Porém, ocupa um espaço maior e provoca, já na construção, impacto ambiental com desmatamento. Não se usa rejeitos consolidados para os alteamentos - é possível aumentar a capacidade da barragem com mesmo material do dique inicial ou com outros materiais como pedras e argila, normalmente recolhidos na própria mineração. Nesse caso, cada alteamento é estruturalmente independente da disposição do rejeito, o que melhora a estabilidade da estrutura. Segundo Rafaela Baldí gasta-se pelo menos 30% mais material para armazenar o mesmo volume que no caso das barragens a montante.
Depósito de rejeitos a seco: há também o método a seco, ainda pouco comum no Brasil. Ao contrário dos outros métodos, que depositam a água juntamente com os rejeitos, no método a seco o rejeito é acumulado e armazenado na bacia de disposição, normalmente em áreas inclinadas para facilitar o escoamento. Eles são drenados e depositados em pilhas, que ficam expostas à secagem ao sol.
Não há risco zero
Especialistas alertam ainda que nenhum desses métodos tem risco zero de acidentes - mesmo que a barragem não esteja sendo mais utilizada. "Barragens têm que ser monitoradas para o resto da vida", diz Rafaela Baldí. A escolha do método, contudo, depende de uma série de fatores - entre eles, o clima, a topografia e a ocupação da região próxima à barragem. E, claro, os custos e o prazo para se construir.